A Porta está sendo reaberta por mim, Jorge Lenzi, depois de longo tempo esquecida. Há mais de quatro décadas ela, fisicamente, separava duas realidades completamente diferentes, e permitia a entrada em um mundo de música, Poesia, arte, troca de ideias e, principalmente, Amizades.

Nessa nave de voos imaginários, eu e meus amigos José Elísio e Ricardo Costa, vivemos momentos indescritíveis onde a regra primeira era a liberdade, com respeito individual e coletivo.

Após esses anos sua abertura visa propiciar às outras pessoas desfrutarem esse espaço, agora virtual, conosco. E, participarem juntamente, nos ajudando a alimentar esse universo criacional.

A Arte como subversão e a Poesia como resistência serão as viagens prioritárias!

Sejam bem vindos!

Livro Serurbano



LANÇAMENTO DO NOVO LIVRO: SERURBANO

Os poemas podem ser através de Audiodescrição ou diretamente pelo Blog.
Adquira já sua cópia através deste link para a editora Paratexto

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sexta-feira 05 2024




ALIENÍGENA

 

Hoje me sinto sem

Poesia.

Mas, não é coisa de deus.

 

Olho para as pedras

e vejo gente.

Olho para os corações,

vejo granadas.

Olho para as palavras

e sinto a nevasca petrificando amores.

 

Vejo a humanidade

como a lava do vulcão,

língua do inferno que lambe

e trucida.

 

Hoje

sou gauche,

sou viés,

sou árido,

sou estrangeiro na minha Terra.

 

Não sou desse mundo.

 

Um alienígena que escreve

como quem arranca

sentimentos,

sem anestesia.

 


 

quinta-feira 16 2021

Envelhecimentos precoces


Envelhecimentos precoces

 

Ficou velha

a canção de liberdade.

Ficou velho

O verbo amar

impossível de se conjugar.

Ficou velho

o carinho

assim como sussurrar de mansinho

ao ouvido

uma palavra qualquer.

“Meu amigo querido”

ficou velho

de falar.

Ficou velho

pensar em conjunto.

Virou comunismo

pensar o bem do mundo.

Ficou velho

optar pelo sim ou pelo não.

Ficou velho

abraçar o irmão.

Ficou velho

formar um cordão

de mão segurando mão.

Ficou velho

pedir perdão.

Ficou velha

a capacidade de errar.

Tanta coisa tem

se transformado

em velha,

tanta coisa que não é

urgente.

Mas, o que mais me

assusta

é que está ficando

Velho

até o caminhar

pra frente!

 


 

Versos Íntimos


Poema "Versos íntimos"
Augusto dos Anjos

 

terça-feira 10 2021

Matéria na Coluna "Sala de Leitura", da Tribuna de Minas

"Jorge Lenzi: 'Ao poeta, tudo falta, e é por isso, também, que ele escreve': Uma citação de Rubem Alves abre 'Serurbano' (Paratexto, 200 páginas), novo livro de Jorge Lenzi. 'O que eu escrevo não é o que eu tenho; é o que me falta.' " (...)

Esta matéria, escrita por Marisa Loures, foi publicada no Tribuna de Minas, na coluna "Sala de Leitura", no dia 10 de Agosto de 2021. Clique aqui ou no link disponível acima para acessá-la na íntegra.

ESCREVA AQUI UNS AGRADECIMENTOS E ETC E TAL....como é seu blog, pode ser interessante

sexta-feira 14 2021

O BECO

                                 

O BECO

 

Por que são bêbados

os homens

do fundo do beco?

Que dor lhes corrói a alma,

tal qual o álcool às vísceras?

Que vida lhes bateu na cara?

Que decepção sofreram,

que horizontes não viram,

e foram procurar nas paredes

do fundo do beco?

Que fome lhes perfura a dignidade?

De onde vieram,

que sociedade lhes cuspiu

sua hipocrisia?

Que gente é essa que passa

na porta do beco

e não se interessa?

Que bêbados são esses

que sem saída se refugiam

no fundo do beco

sem saídas?

Por que estão sem norte,

sem sorte,

sem morte,

condenados à vida?

Que sina têm,

por que vagueiam?

E perdidos vão se perder,

juntos,

no fundo do beco?

Que beco é esse que é frio,

que é escuro,

que não tem saída,

e que apesar de tudo

é melhor que a vida?

Será isso vida?

Que vida é essa que recebe os homens

e os transforma em bêbados?

Que sociedade é essa

que convive com o beco,

e se faz de cega?

Que país é esse

que tem tudo isso

e ainda quer sorrir?






 

sexta-feira 23 2021

"Minha religião é a Amizade, sou devoto da Paixão, minha oração é a Poesia." (jorge lenzi)

quarta-feira 31 2021

"Existem espaços indefinidos entre a Vida e a Morte. Quem poderá dizer onde termina um e começa o outro?" (Edgar Allan Poe)